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Não é Não no Circuito das Águas

Publicado: Quinta, 27 de Fevereiro de 2020, 15h19 | Última atualização em Quinta, 27 de Fevereiro de 2020, 15h19

Coletivo Não é Não realiza debate e roda de conversa com alunos do Campus Avançado Carmo de Minas

Um grupo de amigas criou o coletivo, em 2017, no Rio de Janeiro, para fomentar o debate e combater o assédio durante o Carnaval. A partir disso, realizam financiamento coletivo para produzir tatuagens temporárias com os dizeres “Não é Não!” e distribuí-las para as mulheres, gratuitamente, durante a folia de carnaval. O sucesso foi tamanho, que o grupo se expandiu e hoje já está mobilizado em 16 estados brasileiros. Esses estados enviam e ajudam outros estados na distribuição dos adesivos, gerando assim um alcance nacional da campanha.

Não é Não no Circuito das Águas

A benfeitora em São Lourenço e região é Larissa Maris que faz parte do coletivo em Minas Gerais desde 2019. Sua proposta sempre foi falar do coletivo dentro do ambiente escolar no período do pré Carnaval, descentralizar a distribuição das tatuagens das capitais e falar sobre o assunto através das rodas de conversa e debates com alunos do Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Técnico e Superior.

Nos dias 13 e 20 de fevereiro, o Coletivo Não é Não Circuito das Águas, realizou debates e roda de conversa com alunos do Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio de Informática e Alimentos, Cursos Técnicos Subsequentes de Administração e Alimentos e do Curso Bacharelado em Administração, promovendo um debate saudável acerca da temática do respeito as mulheres no carnaval e fora dele. Trazendo uma reflexão sobre dados estatísticos alarmantes sobre o assédio e feminicídio que atinge a população feminina de nosso país.

Houve participação ativa dos alunos, através de perguntas e opiniões, finalizando com a disponibilização para a comunidade feminina a entrega das tatuagens temporárias para o Carnaval.

O aluno do 3º ano de Informática Integrado ao Ensino Médio, Oséias de Souza Silva comentou que “No atual contexto brasileiro assuntos que antes eram tabus tornam-se pautas cada vez mais relevantes e discutidas pela sociedade. Nesse contexto, palestras que buscam conscientizar sobre o assédio que dia a dia as mulheres sofrem no Brasil e no mundo são extremamente relevantes. Revela-se então, a importância do movimento "Não é não" que através de palestras expositivas mostram uma realidade que muitos querem esconder, além de empoderar as mulheres para que lutem por seus direitos e os homens para que saibam qual é o limite e os respeitem.”

A aluna do 2º módulo do curso subsequente em Administração, Rafaella Alvarenga Alauk comentou “Os temas abordados na palestra, são de grande importância, não somente por estarmos em épocas de carnaval, onde o assédio triplica, mas também porquê foi citado um tema específico que a meu ver implica em um comportamento que nós como mulheres precisamos também sermos menos exigentes em relação a permitir que nosso filhos, irmãos, pais e companheiros tentem realizar as tarefas e as responsabilidades dentro do lar, precisamos ser pacientes porque nada acontece de imediato e a perfeição não existe. Quando passarmos a entender que nossos parceiros não têm que nos AJUDAR, um marido não tem que AJUDAR sua mulher a trocar uma fralda, ele é pai e tem RESPONSABILIDADE sobre essa criança. Um irmão não tem que AJUDAR a lavar a louça, ele mora nessa casa e se alimenta, então ele tem RESPONSABILIDADE sobre esse lar. Assim aos poucos, nós vamos transformando nosso meio, educando e reeducando Seres Humanos com mais igualdade e respeito.”

O aluno do 1º semestre do curso Superior em Administração, Kaio de Almeida Salles comentou que “Acredito que a roda de conversa foi essencial para que possa estar havendo uma conscientização sobre o assédio e machismo na sociedade, sobre como ele afeta as mulheres no decorrer da vida. Ademais criticando a sociedade em cima de um padrão de como homens e mulheres devem agir e se comportar para que não só acabe com o machismo e assédio, mas também crie pessoas humanistas conscientes de seus atos e aprender que "Não é Não".

A aluna do 1º semestre do curso Superior em Administração, Maria Eduarda Lima Oliveira, comentou “Participei da roda de conversa “Não é não” que aconteceu no IFSULDEMINAS. Adorei a iniciativa de debater tal assunto, que em vista do cenário atual brasileiro, torna-se imprescindível. Foram tratados pontos importantes sobre a masculinidade tóxica enraizada na sociedade e sua relação com o comportamento espelhado no carnaval.”

Fotos com os alunos dos cursos técnico em alimentos e informática integrado ao ensino médio

Fotos com os alunos dos cursos técnico em alimentos e administração subsequente e bacharelado em administração

 

Texto: Lídia Lopes Ozório e Thiago Alves de Souza
Fotos: Thiago Alves de Souza
Data: 27/02/2020

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